Casa de Shakespeare em Statford-Upon-Avon
William Shakespeare nasceu em Stratford-Upon-Avon em 23 de Abril de 1564 e morreu na mesma cidade em 23 de Abril de 1616.
Na época de Shakespeare a política não era aceita como atividade independente, havia uma permanente ligação entre os aspectos políticos, morais e religiosos. Era um tempo onde e quando se corporizava a ética, estética e política elisabetana. Shakespeare foi um autor espelho dessa época, só que via além dos fatos em si, dos personagens envolvidos, percebia as relações e os fatos através de um sentimento humano capaz de identificação fácil e rápida pela platéia.
Todas as noções de mundo na época, se referiam ao grande principio explicativo (vindo da idade média e ainda reinante no Sec. XVI) sobre a ordem geral do universo, o encadeamento total dos seres e das coisas, desde o átomo até Deus, a noção de que um bom governo apoiava e o mal perturbava a ordem da coisas. A religião servia ao governo, Shakespeare entendia e concordava com isso. Era elisabetano, e a favor de que as classes inferiores deveriam ser orientadas. Não concordava com o mau governo.
William Shakespeare nasceu em Stratford-Upon-Avon em 23 de Abril de 1564 e morreu na mesma cidade em 23 de Abril de 1616.
Na época de Shakespeare a política não era aceita como atividade independente, havia uma permanente ligação entre os aspectos políticos, morais e religiosos. Era um tempo onde e quando se corporizava a ética, estética e política elisabetana. Shakespeare foi um autor espelho dessa época, só que via além dos fatos em si, dos personagens envolvidos, percebia as relações e os fatos através de um sentimento humano capaz de identificação fácil e rápida pela platéia.
Todas as noções de mundo na época, se referiam ao grande principio explicativo (vindo da idade média e ainda reinante no Sec. XVI) sobre a ordem geral do universo, o encadeamento total dos seres e das coisas, desde o átomo até Deus, a noção de que um bom governo apoiava e o mal perturbava a ordem da coisas. A religião servia ao governo, Shakespeare entendia e concordava com isso. Era elisabetano, e a favor de que as classes inferiores deveriam ser orientadas. Não concordava com o mau governo.
Elizabeth I, a rainha virgem
Elizabeth I tinha um cérebro bem dotado, para alguns era considerada ilegítima para sucessão, sustentava a teoria do poder divino dos reis e de que o poder devia ser exercido com mãos de ferro, distinguiu-se pela crueldade com que reinou na Inglaterra, mas o fato é que fez um excelente governo: expansionista, comercial e guerreiro, exerceu um protestantismo moderado, tinha ojeriza ao fanatismo religioso, usava a religião para governar bem, não poupou adversários nem amigos íntimos .
As Homilias religiosas que foram mandadas elaborar a partir de Henrique VIII, seu pai, explicavam as excelências da ordem e o cunho inviolável do soberano, eram insistentemente repetidas no reinado da filha e pregavam que os súditos não poderiam retirar sua lealdade à coroa sob qualquer pretexto, era contra a lei que súditos tirassem suas espadas contra seu soberano, pois Deus não fez dos súditos seus juízes. Não, ele fez com que o magistrado supremo não tivesse de prestar contas ao povo e reservou aos reis para seu próprio (de Deus) tribunal. Tudo que os súditos poderiam fazer, no caso de um mau governo, seria rezar a Ele para que mudasse o coração do seu príncipe, os súditos que fossem desobedientes ou rebeldes contra seus príncipes, desobedeceriam também a Deus e trabalhariam para sua própria danação. Shakespeare usou todo esse rico conteúdo de idéias em suas peças, históricas ou não, quando lhe convinha ou convinha ao momento.
Os dramaturgos elisabetanos mais conhecidos e famosos antes e no tempo de Shakespeare eram: Christopher Marlowe (1564-1593) e Ben Jonson (1572-1637). O primeiro tinha uma boa formação, chegou a fazer universidade, foi poeta, tradutor e dramaturgo e é considerado um renovador da forma no teatro elisabetano com a introdução dos versos brancos, estrutura que será amplamente empregada depois por Shakespeare. Ben Jonson, embora sem curso universitário, alem de dramaturgo foi um expoente da lingüística, por sua atenção a fonética e a classificação dos verbos, se tornou um dos homens de maior cultura de seu tempo, chegando a merecer graus honorários das Universidades de Oxford e Cambridge.
Christopher Marlowe
desenho em corte de um antigo teatro elisabetano, sem a cobertura do palco
Reconstituição atual do Globe Theatre em Londres
Os teatros eram construídos em bairros marginais que eram focos de peste e que acomodavam também bordeis e tavernas, eram constantemente fechados pelos puritanos por questões morais ou por motivos de peste. Suas estruturas eram redondas ou hexagonais, platéias amplas, pátios desprovidos de telhado e cercados pôr duas ou três galerias reservadas para cavalheiros e damas, na última galeria as prostitutas que negociavam por ali mesmo.
Os espetáculos eram à tarde e não havia iluminação artificial, não havia cadeiras na platéia, lugar utilizado pela plebe, que comumente dava sinais de impaciência quando o espetáculo não tinha a devida espetaculosidade, belos figurinos, peripécias, arruaças ou ações fulminantes.
O palco era uma plataforma salientada sobre a platéia, aonde o público chegava a se sentar, era coberto e no fundo, um pequeno palco italiano para cenas de interior que às vezes tinha cortina. O telhado do palco era alto e em cima do palco menor um segundo andar com janelas que serviam de cenário. Serviu lindamente a dramaturgia de Shakespeare, pois era próprio para mudanças de local da ação.
O Palco era neutro, sem cenários, usavam-se cartazes para identificar locais. Adereços como tapeçarias, panos pintados em molduras de madeira que apresentavam casas com portas que abriam de verdade, cenas pastorais e tronos, pequenos móveis que compunham cenário interior. Os atores eram eficazes e tinham maneirismos declamatórios, eles não recebiam o texto completo, apenas as suas partes e a deixa. As mulheres eram proibidas de representar, havia certa dificuldade em compor papeis femininos, esta seria a razão do numero de papeis femininos serem reduzidos e do fato de que muitos personagens femininos, no enredo, se passarem por homens para, na trama, se proteger ou enganar alguém. Não havia mudanças de cenários para ação não ser interrompida. Era comum serem usados signos como um trono para salão real, um pequeno arbusto para floresta, lapide para cemitério, cruz para uma igreja. Andar de lado para outro significava mudança de local. Detalhes do vestuário e adereços como coroas, mantos, espadas também tinham sua significação e havia muitas, muitas cabeças decepadas. O resto era deixado a cargo do texto. Os figurinos eram atuais em vez dos da época da ação. A ação era variada, com passagens de tempo, o enredo era longo e cobria um grande período. Usavam narradores e o texto normalmente informava local e condições da ação, imagens visuais, climas e estados da alma.
O Teatro era importante e fazia parte da vida das pessoas, era quase a única opção de diversão, alem de jogos, bebidas e lutas. Uma bandeira era hasteada em um mastro na torre do teatro, era a deixa para informar que haveria espetáculo e que a função iria começar.
É um fato curioso o que deu a origem ao estilo de Teatro que se convencionou chamar de elisabetano, estilo este que possuiu um espaço físico único, convenções de dramaturgia e de encenação próprias.
Só mais tarde é que as obras de Shakespeare foram separadas em cenas e atos, segundo o lugar e a ação, apenas depois de se ter abandonado a convenção isabelina, antes disso, parecia dar a impressão que se passava de uma cena para outra sem explicação, como no cinema e os fatos históricos são usados livremente para construir estruturas dramáticas que exprimissem uma certa visão da sociedade
Shakespeare consegue apreender as vivencias humanas dentro de um contexto social político contemporâneo. A obra se mantém significativa porque alem da caracterização psicológica fortíssima e fundamental, ela está inserida em estímulos e pressões sócio-políticas equivalentes as que atuam sobre nos dias de hoje, ele não mantinha estanques, separados em compartimentos, o sócio-político e o existencial, o fato político nunca é analisado em estado puro, de forma abstrata, será expresso por ações concretas que afetam todos os níveis da vida.
Seus mundos distantes e sonhados são reais porque habitados por imagens de homens, enquanto suas imagens do quotidiano são enriquecidas por mundos distantes e sonhados.
Há também algumas curiosidades a respeito de Shakespeare, e a partir de seus textos, parece ter ficado fácil para alguns estudiosos chegarem a algumas conclusões, precipitadas ou não...
É possível que Shakespeare nunca tenha visto o mar.
Nunca contemplou um campo de batalha.
Não conhecia geografia pois situava a Hungria a beira mar, Proteu toma um
navio que o conduz de Verona a Milão e o que é pior, ainda aguarda a maré,
para Shakespeare Florença é um porto marítimo.
Não conhecia historia, seu Ulisses em casa lê Aristóteles. Timão de Atenas se refere a Sêneca e Galileu.
Não conhecia filosofia e nada sabia de arte militar.
Misturava costumes e épocas diversas, em Júlio César há um relógio que bate as horas, em Cleópatra, uma criada lhe aperta o espartilho e os canhões atiram com pólvora no tempo de João sem Terra, quando esta não havia sido descoberta.
Esse é o homem, William Shakespeare, e independente de todas
especulações, sim porque, a grande maioria dos escritos sobre
Shakespeare não passa de mera especulação, ele continua nos
envolvendo em sonho, poesia e beleza. É considerado o maior
dramaturgo da língua inglesa e o mais influente do mundo ocidental.
Suas obras consistem de 38 peças, 154 sonetos, dois longos poemas e
vários outros menores. Suas obras são montadas, atualizadas, e
adaptadas mais do que a de qualquer outro dramaturgo e continua viva
em nossos dias através do teatro, televisão, cinema e literatura.
William Shakespeare
Observação 01 – Os textos em negrito são de outros autores, não os identifiquei por preguiça, estavam em anotações antigas minhas sem a fonte. Perdão.
Observação 02 – Algumas informações são da Wikipédia.
Observação 01 – Os textos em negrito são de outros autores, não os identifiquei por preguiça, estavam em anotações antigas minhas sem a fonte. Perdão.
Observação 02 – Algumas informações são da Wikipédia.
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