sábado, 31 de outubro de 2009

Igrejas

+ Igrejas

Mais estradas e mais cliques de Igrejas. Desta vez são todas do Estado do Rio de Janeiro. Andamos vistoriando as estradas em tempo de chuva.



Arraial do Cabo

Essa Igreja é de 1503. Vamos adiante, quer dizer, vamos voltando. Não sei se vinha ou ia.






Campo Coelho

Não sabia da existência desse lugarejo simpático.





Cascata

Essa eu lembro. Fica numa estrada linda chamada Serramar. A caminho de Sana.








Lumiar

Isso aí, foi antes.






Miguel Pereira

Já isso, foi na outra semana. Coisa curiosa... Na última postagem das Igrejas falei que queria desapropoiar algumas para servir à Cultura. Aí está. Não sei como, mas essa virou Teatro. Juro.




Paty do Alferes

Na mesma semana, estradinha bonita também, entre M. Pereira e Paty.


Sana

Finalmente em Sana, retrocede uma semana, continua a mesma maresia por lá.





São João da Barra

Linda essa Igreja. Casimiro de Abreu está enterrado no cemitério atrás dela. Agora não sei mais em que semana estamos.



São Pedro da Serra
Essa é fácil, do lado de Lumiar.



Saquarema

Muito bonito o lugar. Essa também é fácil, estamos voltando.



Teresópolis

Ih! Agora estamos indo.






Vassouras

Deixa pra lá. Desisto.



Rio de Janeiro

Opa, voltamos. Estamos no Largo do Machado, perto de Casa. Ufa! Valeu a viagem.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Artes Plásticas

Auto-Retrato

Outros



Leonardo da Vince

Privilegiar sua própria imagem? Privilegiar sua própria alma? O que leva um artista a realizar o seu auto-retrato? Várias são as teorias. Várias também são as formas e os estilos. Encanto-me com eles, os artistas e os auto-retratos. Não que eu tenha conseguido uma resposta satisfatória para minha pergunta.
O auto-retrato é uma conversa do artista com ele mesmo. Mas, o que o artista quer de fato nos mostrar? Ora, uma conversa com a gente mesmo é uma coisa complicada, depende de muitas variantes e variáveis, quando então, se coloca que essa conversa interior, vai ser objeto de analise e de apreciação pelo outro, aí a coisa complica mesmo. Eu não me arriscaria, nem a uma conversa muito franca nem a ser mentiroso.
Acho que independente da forma, do estilo, da época, das texturas, cores, etc., um bom historiador ou especialista sempre verá que o artista mostra mais do que pretendeu ao realizar a obra, e que às vezes, eles nos colocam frente a frente com nos mesmos.
Mesmo sem resposta, admiro e me envolvo. Os teóricos escrevem coisas lindas sobre os motivos dos artistas, algumas poéticas, outras de fundo psicológico, estudam a época, os meios, as modas, as aspirações, etc., e algumas de suas teorias até fazem sentido, mas, mesmo assim, não me convenço de todo. Fico procurando talvez, um motivo comum a todos os artistas ou a um grupo de artistas e acho que não existe.
Talvez porque não exista um ser humano igual ao outro, não vai haver um auto-retrato igual ao outro. Sendo assim, através das épocas e das suas urgências, cada caso é um caso e independente dos seus estilos, cada um dos artistas teve e tem o seu próprio motivo. Motivos confessáveis ou não, simples ou complicados, não importa, com certeza são enriquecedores, inspirados e fundamentalmente humanos.







Uma coisa é certa, o ser humano sempre teve prazer em se retratar. No Renascimento, com o homem se tendo como (e se achando) “o centro do universo”, os artistas se serviram do auto-retrato para deixar sua imagem para posteridade, sempre deixando um rastro dos seus estados d’alma.

Mas já no Antigo Egito, Ni-Ankh-Ptah, fez questão de deixar registrada sua fisionomia em um monumento que construiu. O Grego Fídias, na Grécia Clássica se imortalizou numa das esculturas do Partenon.






“O auto-retrato se tornara uma questão de orgulho para os mestres de ateliê durante o sec. XV. Suas fisionomias eram dissimuladamente inseridas na orla de uma multidão pintada ou esculpidas. No auto-retrato, o artista reflete sua imagem externa, assim como estados emocionais, contextos sócio históricos, que circunscrevem a obra, além dos questionamentos sobre maneiras de se ver e de se lidar com arte”.




Peter Paul Rubens





















”A “Ressurreição”, obra de por Piero della Francesca em 1490, pintada para prefeitura de Borgo San Sepolcro, sua terra natal. Na sua visão contemplativa, fatos observáveis são naturalmente simbólicos. Essa imagem suprema traduz a transição do dia para noite, do adormecer para o despertar, do inverno para primavera (a esquerda da pintura os ramos parecem mortos, os da direita pulsam com vida), da morte para vida. O guarda que inclina a cabeça para trás contra o tumulo pode ser um auto-retrato, o que faria dessa pintura um sonho (um desejo) de Piero”.














“Em 1656, Velasquez pintou “as meninas”, não se sabe a quem retratou ou quem era o centro das atenções: Os reis de Espanha, suspeitados em um espelho ao fundo? A Infanta real, no centro? A si próprio, no canto esquerdo? Ou o observador ao fundo? Opção pelo ambíguo, um discurso indireto, da retratação ausente. Esse também é um distintivo da arte moderna e contemporânea”.











Do outro lado do mundo, o auto-retrato também era uma pratica comum. Veja o Coreano Yun-Du-So em 1710, membro da nobreza rural que se dedicava a promover a ciência e a inquirição intelectual. Além de pintar e compunha poemas e musica.







Auto-retrato de Shitao (ou Daoji) 1700, ele praticava um monasticismo budista e explorava a antiga tradição taoísta. No auto-retrato, se coloca como um solitário no cimo da montanha (esse motivo tinha pelo menos uns dois mil anos de historia). Nas curvas e borrões que compõem a montanha, repousa o principio cósmico duradouro ou a força vital. Está em contraposição ao de You-Du-So, que tem uma forte influencia do comércio entre oriente e ocidente. O escrutínio interior simbolizado por Dürer fora retomado por um polígrafo aristocrático envolvido num movimento de reforma que vinha modernizando a variante coreana do confucionismo num diálogo com textos ocidentais. A Coréia, nessa época, havia algum tempo, não era importunada por seus vizinhos dominadores, a China e o Japão”.






































Philip Guston

Philip Guston, pintor abstrato de Nova York em 1969. A sua imagem ironiza o auto-retrato filosófico de um velho mestre – Velasquez, “as meninas” – A tela se chama “o estúdio” e o pintor se veste em um traje sinistro e ridículo da Ku Klux Klan. A tradição como um todo se tornara absurda, cúmplice do mal político.- que tipo de homem sou eu, sentando-me em casa, lendo revistas, nutrindo uma fúria frustrada por causa de tudo – e então indo ao meu estúdio para ajustar um vermelho a um azul - ”

Pensando bem, as pessoas sempre deram um jeito de aparecer ou se expressar. Nós, artistas de hoje (nem todos são assim e nem todos são artistas), com os meios que dispomos para nos expor, fazemos tudo isso e mais alguma coisa, podemos dizer até que, comparados com a gente, eles são muito discretos.
De qualquer forma e independente do que se diga a respeito do auto-retrato, ele continua encantando, levantando questões e me deixando curioso. Agradeço e fico com Rembrandt quando ele diz:

“Quererão saber que espécie de pessoa eu fui”.

Os textos em verde foram retirados ou inspirados na obra “UMA NOVA HISTORIA DA ARTE” de Julian Bell.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

domingo, 4 de outubro de 2009

MERCEDES SOSA

Morre Mercedes Sosa

Aqui nossa homenagem