quinta-feira, 31 de julho de 2008

Fractais

além virtual






MusicPlaylist


Fractais



Como entender um Fractal

Fractal (do latim fractus, fração, quebrado) Figuras da geometria não Euclidiana. Descreve muitas situações que não podem ser explicadas pela geometria clássica e são aplicadas em ciência, tecnologia e arte gerada por computador)

Estruturas de grande complexidade e beleza, fractais são formas geométricas que repetem um mesmo padrão, com suaves e constantes variações. Podem ser identificadas no dia a dia. Os fractais naturais estão à nossa volta, basta observarmos as nuvens, as montanhas, os rios e seus afluentes, os sistemas de vasos sanguíneos, os feixes nervosos, etc. Por serem ligadas ás formas da natureza, oferecem explicações para o desenvolvimento da vida e da compreensão do universo.






O termo foi cunhado em 1975 por Benoît Mandelbrot, matemático francês nascido na Polónia, que descobriu a geometria fractal na década de 70 do século XX, a partir do adjetivo latino fractus, do verbo frangere, que significa quebrar.






São imagens abstratas que possuem o caráter de onipresença, por terem as características do todo infinitamente multiplicadas dentro de cada parte. Ou seja: cada partícula possui dentro de si a totalidade, o Universo.

Chico Expedito
Denis Leão
Fonte
Wikipédia, a enciclopédia livre e outros

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Série Opinião - Teatro

Série Opinião - Teatro

Final de Semana difícil






Pensei em fazer analises e não críticas de teatro para o Blog. Não sem relutar um pouco e pensar se esse é o papel de um ator que está no mesmo barco que todos os outros ou porque talvez não fosse muito ético comentar, nem sempre de forma elegante o trabalho dos seus pares. Cedi à tentação, primeiro porque acho que todos tem o direito a opinar sobre qualquer coisa que se coloca pública e segundo porque não há intenção da minha parte em ser ofensivo com ninguém em meus comentários, apenas entrar em considerações que no máximo pretendem enriquecer o debate sobre o teatro.

Acho que nós, artistas, produtores, patrocinadores, mas principalmente nós artistas, que na maioria das vezes, acreditamos fazer parte de uma tribo diferenciada, progressista e informada... Somos sim e devemos ser responsáveis também, pela formação cultural do público. Responsáveis em aprimorar o gosto, aumentar o grau de exigência e de informação das platéias É claro, sempre vai haver públicos diferentes para os diferentes estilos e gêneros teatrais, e é bom que exista diversidade na produção teatral e ainda, que cada artista tenha livre escolha para fazer o que bem entender desde que tenha ao menos compromisso com a qualidade. Acho também que a arte tem várias funções e dentre elas, a diversão é fundamental, mas também acho que a diversão pode ser esclarecedora e inteligente. Penso que por respeito a nossa arte, deveríamos ter mais cuidado, quando profissionalmente vendemos um produto. Cuidado em agregar a esse produto o seu devido valor e tamanho. Vemos com muita freqüência, talvez freqüência demais, trabalhos que são supervalorizados, tanto artisticamente quanto pela sua pretensa importância ou valor cultural.

Vi dois espetáculos neste final de semana, daqueles nos quais a gente fica pensando e sente que pode contribuir de alguma forma e discutir alguns pontos.

O primeiro foi “Maiakóvski - mosaiko”, dirigido por Cláudio Baltar, com Emilio de Mello e grande elenco. É uma montagem curiosa, que se define como um “instantâneo entre o happening e o espetáculo”.

Elenco bem intencionado, de iniciantes, tanto em malabarismos como em interpretação, que infelizmente não estavam prontos ainda para enfrentar uma tarefa tão árdua como teatralizar poemas de um autor tão orgânico e difícil como Maiakóvski. A direção, embora com mais experiência, mostra-se um tanto confusa e não consegue conduzir a ação, nem se apropriar do material humano e artístico que tinha para valorizar somente o melhor do que podiam e sabiam dar. Com isso o material literário que é fundamental também se perdeu.

Em um espetáculo estruturado a partir de poemas e fragmentos de texto, é de se esperar que o elemento principal seja a palavra, ou seja, que pelo menos se entenda e que se aprecie o que é dito em toda sua força e beleza. Pois bem, havia tamanha movimentação no palco, algumas marcas imprecisas, descontinuidades de raciocínio, buracos na linha emocional e tamanha necessidade de ação para justificar o que era falado que acabava por tirar a palavra do foco, dificultando o entendimento do todo, e prejudicando tanto a ação quanto o texto. Com a entrada em cena do ator convidado, Emilio de Mello, já quase no fim do espetáculo, um ótimo e experiente profissional, finalmente pudemos ouvir e desfrutar um pouco do belíssimo texto do Maiakóvski, mas apenas isso não chega para salvar o espetáculo que acaba pecando por certo amadorismo. A montagem fica distante da experimentação que a principio se propõe, e o público se ressente pela falta de rigor profissional.

O segundo foi “Pelo amor de Deus, não fale assim comigo”. De Maria Carmem Barbosa, Com Cissa Guimarães, Orã Figueredo, Josie Antello e Kadu Garcia, direção de Ivan Sugahara.

Como foi divulgado, o texto foi escrito por encomenda para uma atriz famosa que carrega e é o chamariz da produção. Texto que segundo o programa da peça, se diz “crítico, sagaz, poético... que reflete sobre as mazelas do povo brasileiro... que além de fazer rir, espera a identificação do publico, ser um alerta e um agente modificador...” Na verdade, o texto, é no máximo bem escrito, mas não agrega todos os valores citados, apenas alinhava assuntos, cria momentos alternados de humor e drama de gosto discutível, às vezes sem justificativa aparente nem credibilidade, resultando em uma história que acaba por soar forçada. Infelizmente a montagem também resulta em um engano, um desperdício de bons atores e atrizes. Os coadjuvantes, digamos assim, (destaque para o Orã Figueredo, como sempre muito bem) conseguem valorizar bastante o material que lhes é oferecido e criam personagens bastante divertidos, sempre obtendo um bom e incomum aproveitamento. Aproveitamento que a protagonista, que é sabidamente uma boa atriz, não consegue. Não é possível determinar, mas talvez a direção a tenha orientado noutra linha de interpretação, linha esta que não condiz com o que me parece ser, a única leitura interpretativa possível do texto, alguma coisa entre o caricato e o farsesco. Leitura, aliás, que foi assumida e desenvolvida com brilho pelo restante do elenco. Em vez disso, a atriz conduz seu personagem num tom de interpretação mais naturalista e meio blasé, mais próprio à televisão do que ao teatro.

A direção peca por este desequilíbrio nas interpretações, às vezes na condução da ação, em algumas marcas primárias e certa confusão visual no palco. Não consegue impor unidade a montagem.

O espetáculo, o texto e o elenco tem qualidades visíveis, e com pequenas correções na sua condução e concepção, poderia ser um exemplo acabado de uma boa comédia, simples e despretensiosa, isso se não pretendesse tomar ares mais importantes e mais sérios do que na verdade tem.

terça-feira, 22 de julho de 2008

Planeta Terra

reflexões

Planeta Terra





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« O Universo do divino Aristóteles, com suas esferas misticamente musicais e as suas abobodas de cristal e os movimentos circulares de seus corpos e o angulo obliquo do trajéto solar e os mistérios da tabela dos satélites e a riqueza estelar do catalogo da calota austral e a arquitetura iluminada do globo celeste, forma uma construção de tal ordem e beleza, que deveríamos hesitar muito antes de perturbar essa harmonia. »


« As cidades são estreitas e as cabeças também. Supertição e peste. Mas o que se diz agora é que tudo se move. Logo a humanidade terá uma idéia clara de sua casa.
Muros e cascas, tudo parado. Há dois mil anos a humanidade acredita que o sol e as estrelas do céu giram em torno da terra. O papa, os cardeais, os príncipes, os sábios, capitães, donos de terra, comerciantes, peixeiras e crianças de escola, todos achando que estão imóveis nessa bola de cristal. Mas agora nós vamos sair para uma grande viagem. Porque o tempo antigo acabou e começou o tempo novo. Onde a fé teve mil anos de assento, sentou-se agora a dúvida. »



« Eu não sou uma coisa qualquer, numa estrelazinha qualquer, girando por aí, ninguém sabe até quando. Eu piso terra firme, a terra está em repouso, é o centro do universo, eu estou no centro, e o olho do criador repousa em mim, somente em mim. Os astros e o sol magestoso giram em torno de mim, fixados em oito esferas de cristal ; foram criados para iluminar a mim, para que Deus me veja. É irrefutavel, portanto, que tudo depende de mim, o homem, o esforço de Deus, a criatura central, a imagem de Deus imperecivel... »

Fala Galileu

« A verdade é filha do tempo não da autoridade. »
« Hoje, dez de janeiro de l610, a humanidade registra em seu diario : aboliu-se o céu. »
« Mesmo os filhos das peixeiras quererão ir a escola, eles gostarão de uma astronomia em que a terra também se mova, como as nossas caravelas, sem amarras e em grande viagem. E a terra rola alegremente em volta do sol, e as mercadoras de peixe, os comerciantes, os príncipes e os cardeais , e mesmo papa rolam com ela. Uma noite bastou para que o universo perdesse o seu ponto central, de modo que agora o centro pode ser qualquer um, ou nenhum. »

« Os senhores do Santo Oficio ficaram chocados com essa imagem do mundo, perto da qual a deles parece uma miniatura. O que os padres temiam é que nesse espaço infinito, talvez fosse facil perder de vista um prelado, ou mesmo um cardeal. O próprio papa talvez caisse fora das vista do senhor. »


Começo do anoitecer de um dia qualquer no Brasil

Anoitecer na América do Norte

Estreito de Gibraltar

Islândia


Mar Vermelho

Independente das opiniões passadas, presentes e futuras, ela é linda e toda ela é nossa responsabilidade.



Imagens : além virtual
Trilha musical : Denis leão
Textos entre aspas : Trechos da peça Galileu Galilei de Bertolt Brecht

sábado, 19 de julho de 2008

Além virtual

A Vírgula







Essa postagem é sobre a vírgula.


A Associação Brasileira de Imprensa – ABI, na sua campanha dos 100 anos, está usando esse texto que dentre outras coisas é muito bem humorado. Dentre outras coisas porque além das comédias, o mau uso da vírgula pode trazer também tragédias variadas. Se bem que na maioria das vezes, apenas boas tragicomédias. As confusões e os mal entendidos que uma vírgula pode proporcionar e proporcionam, mudam o rumo de algumas vidas e às vezes, a vida de um povo.
Chico Expedito



A vírgula pode ser uma pausa... ou não:
Não, espere.
Não espere.

Ela pode sumir com seu dinheiro:
23,4.
2,34.

Pode ser autoritária:
Aceito, obrigado.
Aceito obrigado.

Pode criar heróis:
Isso só, ele resolve.
Isso só ele resolve.

E vilões:
Esse, juiz, é corrupto.
Esse juiz é corrupto.

Ela pode ser a solução:
Vamos perder, nada foi resolvido.
Vamos perder nada, foi resolvido.

A vírgula muda uma opinião:
Não queremos saber.
Não, queremos saber.


Uma vírgula muda tudo.
ABI:
100 anos lutando para que ninguém mude uma Vírgula da sua informação.

terça-feira, 15 de julho de 2008

Na Natureza Selvagem

Cinema por Herbert Macário



Acredito no poder de uma história bem contada. A arte é um ótimo suporte para a sabedoria. Minha dica de cinema se encaixa nesse perfil. “Na Natureza Selvagem”, filme dirigido por Sean Penn, foi baseado no livro homônimo de Jon Krakauer. Conta a história real de Chris McCandless, que, após terminar a faculdade, some na estrada com o objetivo de chegar ao Alasca, e viver de forma simples e livre, bem longe da sociedade. O filme biográfico funde belas paisagens com ótimas reflexões.

A história é instigante. Aborda várias questões contemporâneas e outras universais: sociedade de consumo, família, verdade, arrogância, culpa, solidão, natureza, sabedoria... Há uma provocação filosófica no ar.

Dificilmente um filme consegue transportar para a tela toda a profundidade e as sutilezas de uma vida, mas neste caso o longa impressiona... Fiquei ainda mais curioso sobre o livro.
A direção, o roteiro, a fotografia, o elenco... Tudo se unindo para contar uma boa história. Adorei o filme. Recomendo!




quinta-feira, 10 de julho de 2008

5a Porta - além virtual - Pinturas Africanas

Click no play para escutar a música da exposição:





"Unity" - Monica Stewart

além Virtual


Pinturas Africanas

A 5a porta abre agora o espaço além virtual para materiais colhidos na internet, seja através de e-mails que nos mandam, sejam em pesquisas feitas por ai além virtualmente.
A escolhida para abrir a mostra é uma exposição de Pinturas Africanas, todas lindas e que valem a pena conhecer. Em vários estilos, elas são alegres, coloridas e sensuais como a cultura brasileira. Aliás, não podia deixar de ser, são as nossas raízes.
Chico Expedito/Denis Leão