quarta-feira, 6 de agosto de 2008

M. C. Escher (1898 - 1972)

Antes do Fractal


Cascata (1961)
Litogravura

Muito antes da idéia do fractal e do início de seu estudo como geometria da natureza, o artista holandês M.C. Escher já criava imagens que fascinavam os matemáticos, que talvez tenham sido seus primeiros fãs. Por sinal, fui apresentado a uma de suas obras, justamente, no curso de matemática: a Cascata (1961), como exemplo perfeito do paradoxo.

Nos anos quarenta Escher trabalhava com a idéia de criar o infinito no espaço finito. Ir além da perspectiva e criar o espaço infinito no bidimensional do papel. Observe a gravura Cada Vez Menor (1956) e diga se não é um fractal.

Cada Vez Menor (1956)
Xilogravura


Em 1944 sua obra passa a ter características surrealistas e é incluído no movimento. Sua criatividade, lirismo, transformações dimensionais e precisão técnica rivalizam com Dali e Magritte. Seus temas eram paisagens, paradoxos visuais, metamorfoses e retratos. Sempre com uma fantástica variação de tonalidade entre figura e fundo. Sua técnica era a gravura em todas suas modalidades: litogravura, xilogravura, água forte... A precisão do traçado do artista é impressionante. Provavelmente hoje seria acusado de criar em computação gráfica. Em 1993, tive a oportunidade de ver uma exposição de suas obras no MAM, do Rio de Janeiro. Fiquei impressionado com a precisão técnica. Nunca imaginei que poderia ver uma matriz de xilogravura como a de Escher.

Em 1919, o jovem Escher entrou para a Escola de Arquitetura e Desenho Ornamental de Harlen, Holanda. Após se formar, em 1922, mudou-se para a Espanha e mais tarde para a Itália, onde se instalou por doze anos. Em razão do Fascismo italiano, muda-se para a Suíça, em 1935. Finalmente retorna para a Holanda, em 1941, onde permanece até o final de sua vida. Desde cedo foi seus trabalhos chamaram a atenção. Reconhecido no mundo todo como artista gráfico, ironicamente, em sua terra natal, demorou a ser visto como tal, pois sua obra era considerada demasiadamente intelectual para ser arte.

Conselho: Caso tenha a oportunidade de ver uma exposição de M.C. Escher...
Não perca!!



Circulo Limitado
Xilogravura



Natureza Morta com Espelho (1934)
Litogravura




Tetrahedral Planetoid
Xilogravura


Dia e Noite (1938)
Xilogravura






Três Mundos (1935)
Litogravura



Dois Peixes (1942)
Tinta-da-Índia, lápis de cor e quarela



Encontro (1944)
Litogravura



Sem Título (1941)
Nanquim e lápis de cor






2 comentários:

Anônimo disse...

Realmente muito interessante

Anônimo disse...

doidaço o cara!!
e eu q pensei q fractal fosse bem recente...