terça-feira, 15 de julho de 2008

Na Natureza Selvagem

Cinema por Herbert Macário



Acredito no poder de uma história bem contada. A arte é um ótimo suporte para a sabedoria. Minha dica de cinema se encaixa nesse perfil. “Na Natureza Selvagem”, filme dirigido por Sean Penn, foi baseado no livro homônimo de Jon Krakauer. Conta a história real de Chris McCandless, que, após terminar a faculdade, some na estrada com o objetivo de chegar ao Alasca, e viver de forma simples e livre, bem longe da sociedade. O filme biográfico funde belas paisagens com ótimas reflexões.

A história é instigante. Aborda várias questões contemporâneas e outras universais: sociedade de consumo, família, verdade, arrogância, culpa, solidão, natureza, sabedoria... Há uma provocação filosófica no ar.

Dificilmente um filme consegue transportar para a tela toda a profundidade e as sutilezas de uma vida, mas neste caso o longa impressiona... Fiquei ainda mais curioso sobre o livro.
A direção, o roteiro, a fotografia, o elenco... Tudo se unindo para contar uma boa história. Adorei o filme. Recomendo!




2 comentários:

Anônimo disse...

Ora...ora... Como vai? Recebi o link para o Fotolog e este Blog
Faz um tempão em professor! Vamos tentar juntar a velha turma?
Caso não lembre de mim: Jair Lopes. Fui seu aluno no Senac em 1998. Comecei o curso com uma Zenith sem fotômetro.

Eu vi o filme e realmente achei sua cara! Viagens, natureza, aventura...
Também não li o livro, mas achei os motivos do garoto meio neuróticos. Que sabedoria pode haver nisso?

Gostei do Blog. Sempre que tiver tempo venho visitar
Vou escrever para seu e-mail para marcar algo
Grande abraço
Jair

Herbert Macário disse...

Jair,
Zenith sem fotômetro não é algo exatamente inédito (rs!), mas lembro sim. Se não estou enganado você acabou se redimindo com uma Nikon N90 de segunda mão... é isso?

Quanto ao filme, tem razão: o garoto agiu muito pelos motivos errados e de modo errado. Apesar da coragem, havia muita arrogância em sua postura. Acho até que algo patológico.
A complexidade da personagem foi o que achei muito interessante. Havia uma sabedoria em seu caos. Uma covardia em sua coragem... É interessante sua humanidade, já que mesmo com a coragem de atravessar o país sem dinheiro era covarde ao se confrontar com o próprio pai. Sabia lidar com o outro, argumentar e transformar com sua passagem. Desde que não fosse de sua família, claro.

Sua busca pela essência das coisas e a coragem de agir também me fascinou. Ele conseguia ver uma poesia no mundo natural e mesmo nas pessoas. Realmente me identifiquei esse olhar.

A sabedoria está em vários aspectos da personagem, mas principalmente no filme. Está na trajetória e na conclusão final: “A felicidade só é completa quando compartilhada”. Podemos aprender com os erros e acertos da personagem. O que acho mais interessante no filme é o que ele provoca: É um estimulo para a conversa e reflexão. O filme funciona como uma ótima porta.

Gostei da sua visita e espero que continue participando
Grande abraço
Herbert