Ainda sobre o... O Pop não poupa ninguém.
Achei esse comentário uma bobagem. Um exagero, uma mitificação às avessas e metida a inteligente.
“Diz-se da pornografia...” Quem disse isso da pornografia foi no mínimo ofensivo aos colegas que trabalham e sobrevivem através dela e mais ofensivo ainda com quem os consome. Opinião despropositada e descomunalmente apressada. Sinceramente, não acho o sexo, mesmo o pornográfico, nem a sua exploração, nem o seu consumo uma coisa definitivamente afastada do humano.
Desculpem, mas eu tambem não estou desfigurado, nem desfigurei ninguém, nem acho que ninguém o desfigurou. Ele sim, se desfigurou, mas todos somos capazes de o entender... . Também não acho que... “a fama cria bodes expiatórios”. A fama em si, não cria nada, a não ser noticias, que às vezes são instrutivas e interessantes, mas a maioria das vezes, puras enganações. Os Bodes expiatórios... Acho que eles mesmos se deixam criar... Já os artistas criam apenas obras de arte e às vezes elas se tornam eternas.
“Um homem derramou a sua beleza...” E eu apenas a admirei, a consumi e reconheci seu valor. Acho que também estou dentro do “nós” (já comentando os comentários), talvez com outra postura.
Comentando os comentários, acho que... Não dá para dizer que o mundo se tornou impossível de viver sem a presença de uma criatura, apenas porque essa criatura existiu, por maior que ela seja. O mundo e as cabeças do mundo ficam muito pequenas assim. Aceitar o jogo da fama tambem não merece uma reflexão tão profunda, é simplesmente uma coisa boba e às vezes doente. Já a pornografia, é um trabalho, um meio de vida e às vezes uma necessidade bastante humana, assim como ser chocólatra, alcoólatra ou fumante. Acho.
Gosto da ultima postagem do Herbert e concordo com quase tudo. Me incomoda um pouco definir um artista como decadente ainda em vida, isso sim, não me parece uma coisa inerente ao ser humano, ficar decadente. Voltas e voltas o mundo dá, enquanto se está entre nós, nesse mundo conhecido, tudo é possível, inclusive o fato de que o que estamos enxergando como decadência, seja o que esta o tornando melhor.
Também achei às reações à morte do astro um pouco fora da medida.
Não entendi. Gostava dele e da sua obra também... Pelo menos em alguns momentos de sua trajetória . Nada que houvesse mudado a minha vida ou me tocado muito, mas reconhecia sua importância. Muitos artistas me tocam e sinto as suas mortes. No entanto, não consigo separar muito o artista da sua obra, e acho que talvez sinta a interrupção da obra, mais do que a falta do artista. Pelo menos sobra o que eles nos legam.
Nunca entendi essa coisa do fã descontrolado. Acho desproporcional e exagerada a mitificação que se faz em cima da figura do artista, no lugar da importância da sua obra. Acredito que é a sua função espalhar beleza, entretenimento ou consciência, com a mesma naturalidade que o agricultor espalha as sementes do feijão. O feijão e a arte são alimentos dos humanos.
Muita paz.
Chico Expedito